Hoje a primeira coisa que me disseram quando liguei o msn, foi contar-me um episódio (dramático) sobre uma pessoa que a minha memória tem dificuldade de recordar.
Isto aconteceu no País onde nasci, apenas mais uma história de (in)segurança, com a diferença de que esta é contada com o coração através da boca de familiares meus.
A única coisa de que me lembro desse rapaz, de 32 anos, aconteceu em criança, num daqueles encontros de primos e primos dos primos. Estávamos num Jardim com escorregas, baloiços e outras daquelas coisas que as crianças gostam. Recordo-me de decidir que era capaz de descer o escorrega duma forma diferente, de cabeça! Depois de me atirar, quando acordei só vi gente a gritar e à minha volta com paninhos, a minha mãe aos berros a pensar que tinha desfigurado a cara, sentia o sangue a escorrer da testa, desmaiei outra vez. Ele também estava lá, era uma das crianças que assistiram à minha aterragem de cabeça. Apenas me lembro do nome, não consigo lembrar-me do seu rosto.
Na madrugada de Domingo, vinha ele com a sua namorada, tranquilamente numa das poucas auto-estradas, que sobrevivem à grande enchente diária de carros, cheia de buracos e pavimento abatido pela rodagem compulsiva de veículos de todo o tipo e embargadura. Não tinha colocado o cinto de segurança, ao contrário dela. Quilómetros percorridos dão de cara com um pneu de camião no meio da faixa de rodagem que seguiam, mas tarde foi para desviar-se, sem luz e sem tempo, o embate e consequente capotamento foi inevitável. Ela foi assaltada dentro do carro capotado, ele, uns metros à frente, depois de ter sido projectado e sem o telemóvel (que foi roubado também) para chamar uma ambulância gritava por ajuda. Quando esta chegou já era tarde demais. Ironicamente aí ficou num lugar onde passava muita gente, muitos carros, mas nenhum com coragem de parar, com medo de também serem assaltados.
Pergunto-me: E se ele tivesse usado o cinto de segurança? Ou se não tivessem passado àquela hora, naquele lugar?
Isto aconteceu no País onde nasci, apenas mais uma história de (in)segurança, com a diferença de que esta é contada com o coração através da boca de familiares meus.
A única coisa de que me lembro desse rapaz, de 32 anos, aconteceu em criança, num daqueles encontros de primos e primos dos primos. Estávamos num Jardim com escorregas, baloiços e outras daquelas coisas que as crianças gostam. Recordo-me de decidir que era capaz de descer o escorrega duma forma diferente, de cabeça! Depois de me atirar, quando acordei só vi gente a gritar e à minha volta com paninhos, a minha mãe aos berros a pensar que tinha desfigurado a cara, sentia o sangue a escorrer da testa, desmaiei outra vez. Ele também estava lá, era uma das crianças que assistiram à minha aterragem de cabeça. Apenas me lembro do nome, não consigo lembrar-me do seu rosto.
Na madrugada de Domingo, vinha ele com a sua namorada, tranquilamente numa das poucas auto-estradas, que sobrevivem à grande enchente diária de carros, cheia de buracos e pavimento abatido pela rodagem compulsiva de veículos de todo o tipo e embargadura. Não tinha colocado o cinto de segurança, ao contrário dela. Quilómetros percorridos dão de cara com um pneu de camião no meio da faixa de rodagem que seguiam, mas tarde foi para desviar-se, sem luz e sem tempo, o embate e consequente capotamento foi inevitável. Ela foi assaltada dentro do carro capotado, ele, uns metros à frente, depois de ter sido projectado e sem o telemóvel (que foi roubado também) para chamar uma ambulância gritava por ajuda. Quando esta chegou já era tarde demais. Ironicamente aí ficou num lugar onde passava muita gente, muitos carros, mas nenhum com coragem de parar, com medo de também serem assaltados.
Pergunto-me: E se ele tivesse usado o cinto de segurança? Ou se não tivessem passado àquela hora, naquele lugar?
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